quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Por uma Arfoc/PR representativa, senão as pedras gritarão

Joka Madruga in Noticias

Peço licença aos meus leitores, para tratar de um assunto sério da categoria da qual faço parte: a dos repórteres fotográficos.

Ao conversar com colegas “das antigas”, eles relembram que a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Paraná (Arfoc/PR) era ativa, que aconteciam exposições, havia uma atenção maior com os profissionais, dizer que ser Arfoc era sinal de valorização da profissão, entre outras coisas.

A Arfoc/PR já não é mais assim, não tem correspondido aos anseios de seus associados. Vive somente da emissão de carteirinhas, que tem validade apenas para entrar em jogos de futebol. E os repórteres fotográficos que não cobrem futebol? Associam-se para ter qual beneficio?

É isto que temos que começar a discutir. Qual a finalidade de se associar numa organização? O que ela vai me trazer de bom para melhorar meu desempenho e profissionalismo? Filiado à Arfoc, o que terei de acréscimo na minha carreira?

Sou filiado à Arfoc e estou em dia com ela. E o beneficio que tenho é o de poder fotografar os jogos de futebol apenas. Nem quando fui registrar um torneio de luta precisei dela. Aliás, os caras nem sabiam o que era Arfoc.

Estamos em 2011 e uma organização com centenas de associados não tem nem um site. E esta é uma ferramenta importante nos dias de hoje, ainda mais para quem trabalha com imagem. Foi criado um grupo no Facebook, após alguns profissionais começarem a se organizar para pedir novas eleições. Mas para fazer parte de uma rede social, é preciso se cadastrar nela, o que limita muito.

Estados como Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul possuem site com informações valiosas. Como tabela de preços, textos sobre direitos autorais, direitos de imagem, exposições, links para os sites dos associados, etc. E o Paraná, que é um dos estados mais avançados da nação NÃO TEM!

Eu já fotografei no Estádio de São Januário no Rio, Estádio de Pituaçu na Bahia e no Estádio do Paulista, time do interior de São Paulo. Em todos eles havia um representante da Arfoc para não deixar que amadores tomem o espaço dos profissionais. Eu nunca vi nenhum representante da Arfoc/PR nos jogos em Curitiba.

Como citado acima, foi criado um Facebook, onde tem acontecido a tão temida censura. Sim meus amigos leitores, o moderador do grupo da Arfoc-PR nesta rede social tem censurado quem faz alguma crítica à atual gestão. Logo nós, que trabalhos com jornalismo e pregamos tanto a liberdade de expressão. Voltamos ao AI-5? Voltamos no passado, onde tinha um “censurador” que proibia tudo que era contrário ao poder vigente? Não podemos mais nos expressar? E vocês, caros conselheiros da atual gestão, o que tem a dizer? Foram consultados para criar um perfil “oficial” nas redes sociais?

E sem falar no desrespeito ao jornalista Osni Gomes, que fez um belo e prático texto para divulgar uma reunião com o atual presidente e este mesmo texto foi deletado. DELETADO. Com o argumento de que havia palavras chulas. Quem conhece o Osni sabe que ele não tem este perfil ao escrever. E em seu texto nada constava. Foi um atentado à democracia e um desrespeito com tal profissional das palavras escritas. E se nos comentários tivessem tais palavras, que somente eles fossem deletados.

E senão podemos comunicar os associados, de uma importante reunião, no canal “oficial” da instituição, demonstra que a Arfoc/PR realmente precisa tomar novos rumos. Não me interessa quem será a nova diretoria. Quero apenas poder ter orgulho em dizer que sou da ARFOC PARANÁ e que as pessoas saibam que organização é esta.

Não posso ficar calado. Pois como disse o profeta Jeremias: “Se eu calar, as pedras gritarão”.

Reforço o convite para a reunião com o presidente da Arfoc, para o próximo dia 19 de setembro, as 19h30, no Sindicato dos Jornalistas do Paraná, na Rua José Loureiro – 211, Centro de Curitiba.

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