quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Curso de fotografia - Albari Rosa

Fotojornalista desde 88. Iniciou como freelancer da Editora Abril, passou por assessoria de imprensa, Revista do Comércio e jornais Diário lance, Folha de Londrina, atualmente é repórter fotográfico da Gazeta do Povo. Entre muitos trabalhos destaca a cobertura das Copas do Mundo da Alemanha e África do Sul.




Por uma Arfoc/PR representativa, senão as pedras gritarão

Joka Madruga in Noticias

Peço licença aos meus leitores, para tratar de um assunto sério da categoria da qual faço parte: a dos repórteres fotográficos.

Ao conversar com colegas “das antigas”, eles relembram que a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Paraná (Arfoc/PR) era ativa, que aconteciam exposições, havia uma atenção maior com os profissionais, dizer que ser Arfoc era sinal de valorização da profissão, entre outras coisas.

A Arfoc/PR já não é mais assim, não tem correspondido aos anseios de seus associados. Vive somente da emissão de carteirinhas, que tem validade apenas para entrar em jogos de futebol. E os repórteres fotográficos que não cobrem futebol? Associam-se para ter qual beneficio?

É isto que temos que começar a discutir. Qual a finalidade de se associar numa organização? O que ela vai me trazer de bom para melhorar meu desempenho e profissionalismo? Filiado à Arfoc, o que terei de acréscimo na minha carreira?

Sou filiado à Arfoc e estou em dia com ela. E o beneficio que tenho é o de poder fotografar os jogos de futebol apenas. Nem quando fui registrar um torneio de luta precisei dela. Aliás, os caras nem sabiam o que era Arfoc.

Estamos em 2011 e uma organização com centenas de associados não tem nem um site. E esta é uma ferramenta importante nos dias de hoje, ainda mais para quem trabalha com imagem. Foi criado um grupo no Facebook, após alguns profissionais começarem a se organizar para pedir novas eleições. Mas para fazer parte de uma rede social, é preciso se cadastrar nela, o que limita muito.

Estados como Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul possuem site com informações valiosas. Como tabela de preços, textos sobre direitos autorais, direitos de imagem, exposições, links para os sites dos associados, etc. E o Paraná, que é um dos estados mais avançados da nação NÃO TEM!

Eu já fotografei no Estádio de São Januário no Rio, Estádio de Pituaçu na Bahia e no Estádio do Paulista, time do interior de São Paulo. Em todos eles havia um representante da Arfoc para não deixar que amadores tomem o espaço dos profissionais. Eu nunca vi nenhum representante da Arfoc/PR nos jogos em Curitiba.

Como citado acima, foi criado um Facebook, onde tem acontecido a tão temida censura. Sim meus amigos leitores, o moderador do grupo da Arfoc-PR nesta rede social tem censurado quem faz alguma crítica à atual gestão. Logo nós, que trabalhos com jornalismo e pregamos tanto a liberdade de expressão. Voltamos ao AI-5? Voltamos no passado, onde tinha um “censurador” que proibia tudo que era contrário ao poder vigente? Não podemos mais nos expressar? E vocês, caros conselheiros da atual gestão, o que tem a dizer? Foram consultados para criar um perfil “oficial” nas redes sociais?

E sem falar no desrespeito ao jornalista Osni Gomes, que fez um belo e prático texto para divulgar uma reunião com o atual presidente e este mesmo texto foi deletado. DELETADO. Com o argumento de que havia palavras chulas. Quem conhece o Osni sabe que ele não tem este perfil ao escrever. E em seu texto nada constava. Foi um atentado à democracia e um desrespeito com tal profissional das palavras escritas. E se nos comentários tivessem tais palavras, que somente eles fossem deletados.

E senão podemos comunicar os associados, de uma importante reunião, no canal “oficial” da instituição, demonstra que a Arfoc/PR realmente precisa tomar novos rumos. Não me interessa quem será a nova diretoria. Quero apenas poder ter orgulho em dizer que sou da ARFOC PARANÁ e que as pessoas saibam que organização é esta.

Não posso ficar calado. Pois como disse o profeta Jeremias: “Se eu calar, as pedras gritarão”.

Reforço o convite para a reunião com o presidente da Arfoc, para o próximo dia 19 de setembro, as 19h30, no Sindicato dos Jornalistas do Paraná, na Rua José Loureiro – 211, Centro de Curitiba.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Panorama da fotografia profissional


Do blog Tudo de Fotografia

A maneira como o fotógrafo está atuando e de como ele lida com o mercado ou negocia seu trabalho está em pauta. E digo isso não só pelos comentários que faço aqui neste espaço. O momento não é dos mais promissores e críticas não faltam. 

O panorama (e uma possível evolução) do fotógrafo profissional foi abordado em um post do Peta Pixel (Adjusting to the Changing Landscape of Professional Photography), no comentário do fotógrafo Michael Freeman ¹. – em inglês. 

Freeman diz que as coisas não estão fáceis para o fotógrafo profissional, mas que podem ser rebatidas pelo alto consumo de imagens. E que os fotógrafos precisam pensar em questões como marketing e a possibilidade de atuação em um nicho específico. 

Quantidade versus qualidade 
Ainda no Peta Pixel, outro post sobre o mercado e que se correlaciona com o que está sendo abordado. No meu entendimento, o post intitulado de (Quantity Over Quality: Photojournalism Going the Microstock Way?) – algo como quantidade sobre qualidade e tal, contrapõe pertinentemente o argumento de Freeman.

A propagação dos bancos de imagens (stocks) e a possibilidade de qualquer pessoa poder vender (barato) desvaloriza o propósito do banco de imagens. De tal forma que vem afetando o mercado fotojornalístico. E quem faz uma crítica é Paul Mecher ²
“Esqueça a agência de fotografia como um agente com fotojornalistas talentosos. A chave agora é ter um monte de colaboradores em todo o mundo e esperança de que um estará no lugar certo na hora certa. Com fotógrafos em todos os lugares, as chances de ter a imagem certa no momento certo irão aumentar, como a compra de um lote de bilhetes de loteria.”
“No tempo do filme, o custo, transporte, processamento era muito custoso. Agora, você pode receber e armazenar milhões de imagens por um dólar ou dois.” 
“O modelo é rentável para uma agência de fotografia, e devastador para fotojornalismo e fotógrafos.” 
Avaliação do mercado e novas possibilidades 
Se você visitar o site da National Press Photographers Association (NPPA), vai ver/ler (a publicação é de agosto) sobre um workshop denominado “Blitz de negócios”, que tem como objetivo orientar fotógrafos a identificar situações de risco e a construção de bons negócios ³

Obviamente, pelo que li, trata-se de algo bem amplo e não diz respeito somente aos fotógrafos de imprensa. Entretanto, correlaciona-se muito bem e vale como uma boa ideia. Afinal, para quem atua como freelancer a negociação faz parte da pauta. 

Considerações
Realmente, a profissão anda em situação que precisa ser analisada e avaliada. Apesar do grande consumo de imagens e de um “boom” da fotografia em geral, no sentido do produto, as fotos não estão com grandes cotações. 

Aproximando a situação, fotógrafos (dos mais e menos requisitados) dizem sentir todo o mover e os efeitos colaterais das mudanças. Ou seja, a era digital veio recheada de benefícios, mas também de problemáticas. Despercebidas diante das possibilidade e das grandes soluções. Contudo, começa a ser observados e passou da hora de ser avaliada, estudada e começar a buscar mudanças.




Fontes
1 - Peta Pixel
2 - Melcher System
3 - NPPA

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Paraná Clube 0 x 1 Americana





 Fotos: Franklin de Freitas/Jornal do Estado

sábado, 10 de setembro de 2011

Um bar, fotógrafos e muitas ideias

Do blogue Tudo de Fotografia


André Luís Rodrigues
Encontro foi realizado na noite de sexta-feira (9) no bar Picanha Brava, em Curitiba. Foto: Marco Lima.

Alguns chistosos repórteres fotográficos de Curitiba tomaram uma boa iniciativa ontem (9). No melhor estilo saudosista, dos tempos em que jornalistas se reuniam num bar para uma boa conversa cheia de opiniões e divergências, a galera da foto sentou-se à mesa e debateu sobre os problemas na profissão. Bate-papo regado a chope e porção de picanha e aipim (sem bebida não seria reunião de jornalistas), mas que resultou em esclarecimentos importantes e a data de um novo encontro. 

Sem caráter oficial, porém com debates pungentes e pertinentes, fotógrafos profissionais, soltaram o verbo e a conversa foi acalorada. Enquanto o chopinho refrescava os ânimos, o pessoal resgatou, dividiu experiências e foi relatando problemas que a categoria (e cada um) vem enfrentando. Entre eles a situação da (pouca) representatividade através da Arfoc-PR, desvalorização no mercado, situação dos fotógrafos enquanto trabalham na cobertura do jogos de futebol, direitos autorais que não são respeitados, invasão no mercado por profissionais sem capacitação, relação com agências de fotos e noticiais e assessorias, falta de visibilidade, falta de um calendário de eventos para os fotojornalistas com exposições, workshops, cursos, entre outros.

Boa parte da conversa ficou focada em discutir as atribuições da Arfoc-PR – que no entendimento do pessoal anda meio apagada. A frase “precisamos de mudanças” foi ecoada várias vezes, principalmente no que diz respeito ao modus operandi do exercício da profissão. Diante disso e de outros fatos, corre burburinhos em defesa da realização de uma eleição. Argumentos foram postos à mesa e debatidos. O repórter fotográficoValquir Aureliano (Kiu) encabeça o movimento com uma lista de pautas, reivindicações e está disposto a concorrer numa futura eleição. 

Do outro lado da mesa, João Noronha (Brazil Press), e que consta como primeiro secretário da Arfoc-PR, apresentou argumentos em prol da associação, resgatou fatos da história e iniciativas que ele tomou em favor de melhorar a situação dos fotógrafos e da respectiva entidade.

O fato é que muita coisa não convenceu o pessoal. A explicação de Noronha, ao fato de não “possuir carteira da Arfoc”, por ser da diretoria, soou estranho e arranha a legitimidade da questão. Contudo, a pauta é mais abrangente e põe no cerne das observações detalhes mais “profundos” como a situação da entidade (financeira e política), número de associados, prestação de contas, estatutos, e assim segue a lista. Novamente, é preciso reafirmar: o encontro não teve a pretensão de legitimidade, até mesmo porque a parte discutida, no caso Arfoc-PR e seu dirigente, não estava presente. O caráter era mesmo de opinar de forma plural (afinal, opinar todo mundo pode e deve) e propor ideias para mudanças. 

Nova reunião 
Quem sabe, ou como em certa hora da conversa apontou Noronha, os associados (repórteres e cinegras) tenham real interesse e outra reunião poderá acontecer na sede da Arfoc-PR. Com mais quórum e com abertura para questionar os assuntos que são da alçada da associação e do interesse de quem é associado. Obviamente com a participação dos repórteres fotográficos. 

Diferentes pontos de vista 
O que deu para sentir nessa pequena “confraternização’ é que cada um tem uma maneira de avaliar a que pé está a profissão. Há quem considere um problema de direção e de base, outros que é um problema de mercado e há, ainda, quem considere um problema altamente crônico, mais visceral e cancerígeno e que precisa ser visto em várias instâncias (deontológico, ético, mercadológico, etc.) – eu por exemplo, pois acredito que não é um prédio ou pessoa que constrói as dinâmicas e relações sociais da profissão e sim a própria categoria.
Sobre ontem, acho que muitas idéias foram apresentadas, mas não houve nenhuma definição de um plano de ação, além disso, houve muito foco no futebol e quase nada foi falado sobre as outras áreas do fotojornalismo”, opina o jornalista e fotógrafo Marcos Xreda

O fotógrafo freelancer Marco Lima, tem uma opinião contundente acerca do que foi debatido. “Acredito que não cabe discutir o que foi feito e sim o que vai ser feito para melhorar”, diz. Para Lima é preciso rever a concepção e modelo da profissão para depois entrar num debate propriamente dito sobre o papel da Arfoc. Justamente porque é preciso ver a que ponto a construção de “feudos” e “panelinhas” vem prejudicando a profissão.
Devemos saber o que está acontecendo no mundo em termos de novas mídias e o rumo que fotojornalistas estão tomando e revendo o papel da profissão no novo contexto multimídia, globalizado e de cooperativas de fotojornalistas. Nossa profissão está muito além da linha de corner dos jogos de futebol.” 

O fotógrafo freelancer e editor da Terra Livre Press, Joka Madruga destaca a importância desse tipo de encontro.
“Mostra que existe uma insatisfação na representatividade da categoria. A Arfoc não pode ser apenas uma emissora de carteirinhas, precisa ser atuante no dia a dia dos repórteres fotográficos e cinematográficos do Paraná. Agora é definir urgentemente a data para uma conversa com a atual direção e uma assembléia geral”, opina. 

Mover das águas 
Certo é que houve uma iniciativa e pelo menos aconteceu um encontro entre colegas para por em pauta o fotojornalismo aqui da terra das araucárias. Não foi por menos que o fotógrafo Franklin brincou que estávamos diante de um fato “nunca na história desse fotojornalismo curitibano”.  

Iniciativa valorosa, que pode e deve crescer. Independente das pretensões eleitoreiras ou mesmo de diferenças pessoais, vale promover mais encontros e mais discussão. As críticas devem ser feitas, elaboradas, fundamentadas e abertas à refutação, confronto e contraposição, para o crescimento (resgate) da profissão. Quem sabe, a partir disso, comece os milagres!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Reunião Repórteres Fotográficos e Cinematográficos


O dia 02 de setembro foi o dia do Repórter Fotográfico.
E você que é Repórter Fotográfico e cinematográfico em Curitiba e região, venha comemorar conosco na próxima sexta feira, a partir das 19h30, no Bar Picanha Brava, que fica na Av. Iguaçu, 3108 - Água Verde, (41) 3244-1919.
No momento vamos conversar também sobre os rumos da ARFOC/PR.
Participe!

Contato com Kiu/Valquir Aureliano:
Fone: 8457-2855

OBS: Participação por adesão, ou seja, cada um paga o seu consumo....apareça!!! Não reclame de braços cruzados...daqui a pouco está na hora de começarmos a confirmar a carteira para o ano 2012.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

98 Fm

Esse é o repórter da rádio 98 Fm Lucas Rocha, na vitória do Coritiba ontem no Couto Pereira.


Fotos: Franklin de Freitas/Jornal do Estado

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Repórter Fotográfico


Por Zé Beto

A maioria fala pouco, ou melhor, o mínimo necessário. Não precisam de palavras. Não precisam do treino para escrever. São privilegiados pelo dom de olhar, clicar no momento exato e aquela imagem será mais que o principal na reportagem impressa no papel ou na tela. Ela vai traduzir dentro da alma de quem está vendo o que as centenas de palavras da moldura vão se esforçar para explicar. Talvez por isso há uma guerra surda entre o repórter e o fotógrafo. Talvez por isso o da imagem seja chamado de repórter fotográfico, e aí ele já sai ganhando. Há o respeito, sim. Porque um não vive sem o outro. É uma relação de amor não declarado - e nessa, o apaixonado é o da imagem, porque nem ele sabe explicar a razão de a fotografia bater na hora, no fundo do coração e o levar a fazer o clique mais que mágico. Esta paixão nos revelou mestres que saíram das oficinais dos jornais, das boléias dos carros de reportagem, ou tirou das pretinhas repórteres promissores que se encantaram com o de mais simples, difícil e direto. Eles têm o olhar radar de emoções, de linhas, de luzes, sombras, cores, vida, enfim. Que inveja boa! Ainda mais vinda de um cabra que entrou nesse mundo por causa dela, a fotografia de reportagem, e acabou para sempre nas letrinhas, mas nunca deixando de declarar que o amor primeiro está ali. E por essas linhas tortas e maravilhosas conviveu e convive com os grandes talentos, aqueles que, provavelmente, são grandes porque frequentadores da escola da vida, seja ela no andar de baixo, do meio ou de cima. Citar todos que me tornaram um pouco mais repórter, um pouco mais experiente, um pouco mais gente, e ainda o fazem, na figura dos mais jovens, os talentos que pipocam por aqui, seria impossível porque por menor que tenha sido a parceria na busca da notícia perdida, expressão das boas, porque é assim mesmo, seria cometer injustiça com os não citados. Depóis de trinta anos de estrada a gente olha para tras, edita e chega à conclusão de que, obrigado Deus!, tivemos muita sorte de estar ao lado nomes consagrados no fotojornalismo brasileiro e aqueles que nem pessoalmente conhecemos, mas recebemos as imagens para a publicação no modesto espaço do blog e nos emocionamos quando elas tomam conta da tela do computador. Um clichê sempre é bem vindo nestas datas queridas. Pois vai lá: todo dia é dia do repórter fotográfico. Eles sabem disso, daí a companheira, agora digital, sempre à mão, sempre atenta ao coração. O que nós, o público leitor, eu diria que "vedor" tem que fazer é apenas reverenciar e agradecer o que eles nos oferecem, resultado de paixão, de dedicação, de vida dedicada ao que se gosta

Dia do Repórter Fotográfico

Franklin

Hoje é dia do repórter fotográfico, o jornalista que registra momentos marcantes nos exatos momentos que acontecem. Uma imagem vale mais que mil palavras?  Digo que uma excelente imagem vale tanto quanto um bom texto escrito e uma diagramação agradável. As pautas podem ser de fatos políticos, esportivos, sociais, históricos, culturais, natureza, dentre outros, eternizando dor, sofrimento, esperança, alegria etc.

Parabéns Repórter Fotográfico que de alguma forma sempre tenta mudar algo que não está certo...




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Fotógrafo australiano registra rastro de estrelas no céu


DA BBC BRASIL
O australiano Lincoln Harrison fotografou o rastro que as estrelas deixam no céu durante a rotação da Terra.
Cada imagem precisou de um período de 13 a 15 horas de exposição para ser capturada.






Ele acampou nas margens do lago Eppalock, no Estado de Victoria, no sudoeste da Austrália, para fotografar.
Harrison, 36, diz que frequentemente permanece desde o pôr do sol até o amanhecer em um mesmo lugar para conseguir uma foto.