domingo, 6 de dezembro de 2009

Foi um inferno mesmo!

"Cada um atira com o que tem"
Foto: Robertson Luz


Era para ser festa. Não foi. Mais de 32 mil torcedores lotaram o estádio Couto Pereira e fizeram uma calorosa recepção ao time do Coritiba. O Fluminense atrasou a entrada em campo. O hino nacional foi tocado sem o time do Flu. Lamentável. A equipe de Ney Franco começou a partida a 1000 por hora. Não adiantou. Tomou o primeiro gol e se abateu. O zagueiro Pereira empatou ainda no primeiro tempo. No segundo, começou o desespero. Ariel que nada fez em campo foi substituído por Rômulo que não parecia ter entrado. Nos 35 minutos finais os jogadores do Flu foram inteligentes e seguraram o jogo. Nos 40 as cenas de choro por parte dos torcedores já podiam ser observadas e fotografadas. Aos 45 então, sem comentários. Os olhares de desânimo e lágrimas já tomavam conta do estádio. O árbitro apitou o final do jogo e a selvageria começou.

A torcida invadiu o campo com ferros, pedaços de placas, bancos e mais um monte de coisas. A tensão, adrenalina, medo e sei lá mais o que, tomaram conta de mim e de todos que estavam no gramado. Olhava para um lado torcedores vindo em minha direção com o que já citei acima. Foi guerra. A Polícia Militar tentava conter algumas pessoas que estavam tentando agredir o árbitro e assistentes. Outras pessoas foram para cima da equipe do Fluminense. Outras, para cima de jogadores do Coritiba. Nem a imprensa escapou. A batalha era contra qualquer um. A minha proteção foi um soldado do choque. Onde ele combatia, eu estava atrás. Me dei bem, pois só fui atingido por uma lata de cerveja, cheia ainda. O Coritiba está na segunda divisão e eu sigo contando a história com as imagens. Obrigado


Franklin de Freitas
































































Fotos: Franklin de Freitas

4 comentários:

Robertson Luz disse...

Lamentável, minha adrenalina ainda não baixou mesmo depois de horas passadas daquele terror. Ainda ouço os gritos e barulho de mãos se chocando com rostos...

O pior, é que esses marginais estão soltos.

Mas para quem pensa que apenas a torcida organizada estava envolvida, está enganado.

Alguns integrantes da diretoria do Coxa foram agredir jogadores do Fluminense no centro do gramado, logo no início da confusão.

Luciano Sarote disse...

Atitude Lamentável, o Couto se tornou palco de guerra, nada justifica esta atitude. Parabéns aos fotógrafos que correram riscos para mostrar essas imagens. Abraço.

Pedro disse...

Ia dar parabéns pelas fotos mas não há nada a se parabenizar. O seu trabalho é inegável e incontestavelmente incrível, mas o que aconteceu ontem tira toda e qualquer fatia de vontade em engrandecer a beleza das fotos, mesmo que elas mereçam. É essa náusea, esse caroço na garganta qu insiste em não esquecer, em não entender. Uma pena, uma pena mesmo. Não compreendo essa auto-sabotagem da império, tentando defender (?) algo que diz "amar", ainda mais dessa maneira. Isso não é amor, é crime, é bandidagem. É caos, é selvageria, é um estágio totalmente indomável de seres humanos fora do controle. Não é necessário nem ao menos citar quem sai perdendo - ninguém ganha: nem a cidade, nem a população, nem os torcedores bandidos e dementes, e muito menos o time. É uma pena que o Coritiba comemore o seu centenário com uma guerra, a guerra dos cem anos.

Anônimo disse...

Tá,sei que é politicamente incorreto dizer isso, mas ver em casa pela tv estava muito, mas muito divertido!
E eu estava torcendo para a polícia dar um cacete nos bandidos. Pena que apanharam mais do que bateram...falta de preparo, mas isso é outra história.
E parabéns para todos que estavam no campo. Para aqueles que tiveram seus tripés roubados e usados como cacete, um abraço.