Era entre Blumenau e navegantes
Saímos com uma pauta na mão. Ir e retratar o destino dos mantimentos e donativos enviados pelos curitibanos à Santa Catarina. Não sabíamos nem por onde passaríamos e muito menos como iríamos fazer as reportagens e editar as fotografias. Mais foi surpreendente a quantidade de pessoas, que deixaram a dor de lado e desenvolveram um sentimento tão grande de solidariedade. Seja de necessidades pessoais, seja de informações, nada nos faltou. Os catarinenses estão de parabéns pela organização, pelo empenho e pelo humanismo, demonstrados pelas equipes de resgate, de voluntários, bombeiros, etc.
Em alguns momentos, a gente se dividia entre fazer a reportagem e ajudar as pessoas. Além de ajudar diretamente as vítimas, contar suas histórias foi uma maneira de contribuir. Foi pensando nisso que as dificuldades passaram, ficaram as lembranças da grande solidariedade das pessoas. Para mim, foi uma experiência inesquecível através do jornalismo.
A história mais dramática que ouvi foi de uma senhora de 52 anos. Sueli Rangel havia ampliado sua casa a menos de seis meses. Com muito custo comprou o material e seu marido e dois genros foram os responsáveis pela obra. “Em menos de um minuto, tudo estava destruído”, foram as palavras dela. Nestas horas a gente pensa como é errado reclamar da vida que temos aqui em Curitiba, seguros até o momento, longe de uma calamidade como esta.
de Jadson André
Jornale Curitiba
Jornale Curitiba
Um comentário:
A 'equipe' Jornale é guerreira sempre foi.
Parabens!
Postar um comentário