Fotos: Franklin de Freitas
Franklin de Freitas
Estava retornando para o Jornal do Estado depois de uma pauta na Câmara Municipal de Curitiba, quando fiquei sabendo de um incêndio em um barracão de Araucária. A equipe de reportagem do Jornal do Estado mudou a rota. Já no Contorno Sul era possível ver a fumaça. No entanto a imaginação não parava, pois fotografar incêndio requer cuidado. Tenho que respeitar principalmente o trabalho dos bombeiros, pois eles estão inseridos diretamente na ocorrência. Geralmente quando há propagação de chamas o local é isolado para as equipes executarem o trabalho de combate. A atuação da imprensa fica restrita a fita de isolamento, porque nunca é descartada a possibilidade de explosões. Por isso os repórteres procuram alternativas para poderem fazer boas imagens. Como exemplos para fazer fotos já subi em postes, árvores, escadas, muros, prédios e até mesmo no caminhão do Corpo de Bombeiros (com autorização). Quando o local que está pegando fogo é de difícil acesso, procuro conversar com moradores das proximidades para analisar o melhor ângulo para fotografar. Se você pretende fotografar um incêndio estão aí algumas dicas...
Depósito de colchões em Araucária é destruído em incêndio
O bairro Barigui, em Araucária, foi palco de uma tarde de inferno. Um incêndio de grandes proporções atingiu um barracão que funcionava como depósito de produtos a base de espuma. As chamas rapidamente se alastraram para todo o prédio, atingiu uma edificação vizinha e ainda dois carros que estavam parados nas proximidades. A fumaça negra era vista por quilômetros. Pelo menos três equipes do Corpo de Bombeiros combateram as chamas noite adentro, quando foi controlado.
As causas do incêndio não são conhecidas. O que se sabe é que as chamas devem ter começado por volta das 16 horas. Em poucos instantes elas avançaram por toda as instalações da construção do depósito. As labaredas eram fortes facilitado pelo tipo de material no local — espuma para sofás e colchões. Até o começo da noite não havia informações sobre vítimas no incêndio.
O barracão que pegou fogo está localizado na Avenida Centenário. A região não é propriamente uma área industrial e tem residências dispersas, mesmo assim atraiu a atenção de centenas de pessoas que assistiam de longe o trabalho dos bombeiros. Testemunhas disseram que antes das chamas serem avistadas foi ouvido um estouro.
Pinhais — Além do incêndio em Araucária, os bombeiros também atenderam um outro caso em Pinhais, também na tarde de ontem. Um sobrado de alvenaria pegou fogo na rua Maysa Matarazzo, no bairro Maria Antonieta. A casa ficou parcialmente destruída, principalmente a parte superior. O primeiro atendimento foi feito pelos Bombeiros Comunitários de Pinhais que recebeu apoio da unidade de São José dos Pinhais.
O combate ao incêndio foi feito por três veículos, incluido o carro de Pinhais. As chamas foram controladas em pouco tempo. As causas da ocorrência ainda serão apuradas.
Estatística — Desde o dia 1º de janeiro deste ano, os bombeiros já atenderam 833 casos de incêndios em edificações em todo o Estado. Deste total, 165 foram em Curitiba, e 59 nas cidades vizinhas. No mesmo período do ano passado o total no Estado era de 716 ocorrências de incêndios em edificações, bem menos que neste ano. Contudo, a quantidade em Curitiba fo muito maior. Nos primeiros meses de 2011 foram 189 casos na Capital atendidos pelos bombeiros, contra os 165 deste ano. Na RMC foram 48 casos em 2011.
Já os casos de incêndios ambientais — aqueles que atingem matas, campos e florestas — somam 1.465 casos neste ano. Um deles era relatado no Cabral, também na tarde de ontem. No ano passado de 1º de janeiro até o dia 6 de março, eram contabilizados apenas 482 casos de incêndios ambientais em todo o Paraná.
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